ATIVIDADE FÍSICA E GENÉTICA NO COMBATE E PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA
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20/10/2021
Por Rebeca Mota Goveia, Consultora em genética da SOMMOS DNA, CRBM: 14962.
O câncer de mama é atualmente o câncer com maior incidência a nível mundial, sendo a principal causa de óbitos em mulheres. Entre as brasileiras, é o segundo câncer com maior número de novos casos e levou a 18.068 mortes em 2019. Mas o que causa o câncer de mama?
Nosso corpo é formado por células, e dentro do núcleo dessas células está guardado o nosso material genético, chamado DNA, que traz a “receita” para a construção de todas as proteínas que constituem o nosso corpo e fazem com que ele funcione de forma adequada. Esse DNA é formado por sequências de bases nitrogenadas, que chamamos de A (Adenina), C (Citosina), T (Timina) ou G (Guanina). Essas letras devem seguir uma ordem específica para que as proteínas funcionem corretamente. Quando acontece algum erro nessa sequência de letras (o que chamamos de mutações), doenças como o câncer podem se desenvolver. Estas mutações podem ser adquiridas ao longo da vida ou podemos nascer com elas.
O câncer de mama, se detectado em estágio inicial, tem chance de cura em 95% dos casos. E diferente do que muita gente imagina, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o autoexame das mamas não é indicado nem para prevenção, nem para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Isso porque o autoexame não tem sensibilidade suficiente para detectar caroços muito pequenos e imperceptíveis ao toque. Quando a mulher apalpa suas próprias mamas e não detecta nada errado, isso pode dar a ela uma falsa sensação de segurança, contribuindo para que essa mulher não procure seu médico ginecologista para realizar os exames de rotina que são necessários. O Ministério da Saúde ainda recomenda que as mulheres apalpem as mamas sempre que se sentirem confortáveis, a qualquer tempo, sem nenhuma recomendação técnica específica ou periódica, mas essa recomendação se trata mais de autoconhecimento do que prevenção ou diagnóstico.
Ainda, de acordo com a SBM, o melhor método para ter um diagnóstico precoce do câncer de mama é a mamografia, realizada anualmente por toda mulher com 40 anos ou mais, mesmo na ausência de qualquer sintoma perceptível. Já mulheres de alto risco, como aquelas com história familiar de câncer ou com mutações em genes conhecidos por causar câncer de mama devem procurar acompanhamento especializado, iniciando o rastreio mais cedo, a depender da recomendação médica.
Toda mulher apresenta um risco de aproximadamente 12% de apresentar câncer de mama durante a sua vida, ou seja, uma em cada 8 mulheres desenvolverá a doença ao longo da sua vida. Entre os principais fatores de risco envolvidos estão os desequilíbrios hormonais, idade, sobrepeso, consumo de álcool, exposição à radiação, história familiar de cânceres de mama, ovário, próstata ou pâncreas além da predisposição genética. Nossa história familiar e o nosso DNA não podem ser mudados, porém, questões hormonais, controle de peso, não consumir álcool e evitar a exposição à radiação são medidas de prevenção contra o câncer de mama, que podemos aplicar na nossa rotina. Além disso, a amamentação também está relacionada com uma diminuição do risco de desenvolvimento do câncer de mama.
E você sabia que os exercícios físicos podem ajudar na redução do risco de câncer de mama? De acordo com o Ministério da Saúde, praticar 150 minutos de atividade física por semana ajuda não só na redução do risco do câncer de mama, mas também melhora o quadro de pacientes já diagnosticados com este tipo de câncer. A atividade física regular melhora o metabolismo de alguns hormônios, como o estrogênio e a progesterona, que estão relacionados com o surgimento e crescimento da maior parte dos casos de câncer de mama. O excesso de gordura corporal também é capaz de provocar alterações hormonais e um estado inflamatório crônico, que estimulam a proliferação celular e inibem a morte programada das células, outro processo crucial para o desenvolvimento do câncer. Portanto, praticar atividades físicas e manter um peso corporal adequado são fundamentais no combate ao câncer de mama.
Os testes genéticos também entram como aliados no diagnóstico precoce da condição ao conseguir detectar diferentes tipos de mutações. Pessoas com mutações em alguns genes, como o BRCA1 e o BRCA2, tem um risco aumentado de desenvolver câncer de mama, e esse câncer, com frequência, aparece antes dos 40 anos nestes casos. Mutações germinativas (mutações que já nasceram conosco) no gene BRCA1 podem elevar o risco natural de 12% em até 87%. Muitas vezes relacionamos o câncer hereditário com a presença de um histórico familiar de câncer, porém, dados recentes mostram que 48% dos pacientes com câncer que tinham mutações germinativas não tinham história familiar de nenhum tipo de câncer.
Mulheres com mutações que predispõem o surgimento de câncer de mama devem ser encaminhados para acompanhamento personalizado, que vai depender do gene onde se encontra a mutação. Além de permitir o diagnóstico precoce da doença, dependendo do gene e da mutação, algumas medidas para prevenção específica do câncer de mama também podem ser recomendadas pelo seu médico.
A SOMMOS DNA, marca de testes genéticos diretos ao consumidor do Grupo Fleury, oferece o teste genético mais completo do mercado para auxiliar no planejamento de uma vida saudável para as mulheres. O teste VIVA MULHER investiga genes relacionados a câncer hereditário de mama, ovário e útero, além de genes relacionados a fertilidade. Também são avaliadas variantes genéticas que podem aumentar o risco de desenvolvimento de condições nas diferentes fases da vida da mulher, como o risco de tromboembolismo venoso, aumentado pelo uso de anticoncepcional; pré-eclâmpsia na gravidez; menopausa precoce e osteoporose e muitas outras. A genética não é uma sentença, e entender como ela influencia em diversas condições durante a vida empodera as mulheres e permite cuidar melhor da sua saúde.
Conteúdo elaborado em parceria com a Sommos DNA.
Rebeca Mota Goveia, Consultora em genética da SOMMOS DNA, CRBM: 14962.
Participe do DANCE PELA VIDA
Um AULÃO de dança e conscientização.
Para fechar o mês que promove a conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, teremos um bate-papo com a Dra. Diana Malaga, bióloga e especialista em genética da Sommos DNA.
Vamos falar sobre cuidados da mulher e análise genética e, logo em seguida, celebrar a vida com muita dança e alegria.
Dia 29/10, a partir das 19:30, na quadra da unidade Paulista.
No mesmo dia, a partir das 19h, faremos a distribuição de camisetas para os inscritos e ainda teremos sorteio.
O evento é gratuito e as vagas limitadas!
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